Umuarama – Um sequestro praticado em outubro do ano passado foi esclarecido na semana que se passou pelo Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) da Polícia Civil. Na época, uma adolescente sequestrada em Paranavaí foi trazida para um cativeiro em Umuarama onde foi mantida por sete dias. Após estourarem o esconderijo no centro da cidade, policiais do Tigre investigaram o crime por seis meses e, ao final dos trabalhos a quadrilha foi totalmente desarticulada. Sete pessoas estão presas e um dos envolvidos foi morto num confronto com a polícia. O bando, que reunia paulistas e umuaramenses agia também em violentos assaltos na região.
O sequestro aconteceu na madrugada do dia 17 de outubro, quando a residência de um empresário do ramo de veículos foi invadida em Paranavaí. Do local, um bando armado levou a filha de 17 anos do empresário e passou a entrar em contato com a família. Durante os telefonemas, feitos de São Paulo, os marginais pediam R$ 2 milhões como resgate, caso contrário, a garota seria morta.
Especializado em investigar sequestros, o Grupo Tigre entrou no caso e rastreou os passos da quadrilha. Com ramificações em Umuarama, Paranavaí e São Paulo, um cerco ao bando foi fechado e, na noite de 23 de outubro o cativeiro foi estourado num prédio de quitinetes na rua Cambé, no centro da cidade. No local, Luiz Carlos Bofetti, 39, Ed do Nascimento Alves, 23, e as umuaramenses, Josiele Pereira de Lima, 23, e Márcia Neves Saraiva Guedes, 35 foram presos. “Eles eram os responsáveis por manter a vítima em cativeiro e cuidar da estrutura do esconderijo”, informou o delegado-Adjunto do Tigre, Danilo Zarlenga Crispim.
Investigações – Após a libertação da refém, as investigações se concentraram na identificação do restante da quadrilha. “Havia indícios da participação de paulistas, que eram os mentores intelectuais do crime e de onde partiam os telefonemas exigindo o resgate”, explicou Zarlenga.
Ao longo de seis meses de investigação, foram identificadas mais quatro pessoas envolvidas, sendo um deles morador de Umuarama e os demais vindos de São Paulo. Leandro Rodrigues Ferreira, 23, o Leandrinho foi o responsável pela escolha da vitima, contando com auxilio dos paulistas, Paulo César Rodrigues Araújo, 37, Eduardo Moreira Santos, 34, e Max Walace Campos Moreno, 41.
Novas prisões - Leandrinho foi o primeiro a ser preso numa ação do Tigre, com o apoio da 7ª Subdivisão Policial, em 2 de abril deste ano. Abordado em sua casa no distrito de Serra dos Dourados, ele reagiu à prisão e num confronto terminou baleado e morto. Dentro da residência, os policiais do Tigre apreenderam armas de calibre restrito, coletes balísticos e radiocomunicadores.
Os mentores do sequestro foram presos na última quinta-feira (28). Paulo César Rodrigues Araújo, 37, Eduardo Moreira Santos, 34, e Max Walace Campos Moreno, 41, foram detidos no Jardim Gonzaga, em São Paulo. Com o apoio da Divisão Antissequestro (DAS), os suspeitos que eram foragidos da Penitenciaria de Bauru (SP) foram presos. Eles deverão responder pelo crime naquele Estado.
Pena - Todos os detidos, no Paraná e em São Paulo, vão responder por extorsão mediante sequestro, podendo pegar ate 30 anos de prisão. “Com a prisão dos envolvidos no crime, desde os que mantinham o cativeiro até os que planejaram a ação, damos por encerrada esta investigação”, afirmou o delegado Renato Figueira.
Fontes: Agências
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