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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

José Alencar já respira sem a ajuda de aparelhos mas permanece na UTI do hospital após sofrer hemorragia



O vice-presidente da República, José Alencar, disse nesta quinta-feira em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na UTI do hospital Sírio-Libanês, onde Alencar está internado desde quarta-feira, que espera estar na posse da presidente eleita Dilma Rousseff, em 1º de janeiro. De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, o vice ainda brincou dizendo esperar que os médicos o "liberem para tomar um golinho" na festa. Dilma, que acompanhou Lula na visita, respondeu para Alencar que também conta com a presença dele em Brasília.
Lula contou a Alencar que, depois de visitá-lo, celebraria o Natal com os catadores de lixo em São Paulo, como faz todo ano desde 2002. O presidente comentou com o vice que "foi uma pena você não estar ontem em Brasília para a sanção da partilha do pré-sal". Alencar falou a Dilma que gostou da decisão dela de manter Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda e elogiou ainda a escolha de Alexandre Tombini para presidir o Banco Central. Bem-humorado, o vice afirmou ainda que irá dançar um xaxado quando se recuperar.A visita à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) durou cerca de 15 minutos e, além do estado de saúde de Alencar, eles conversaram sobre política, economia e os negócios da família do vice-presidente. Acompanharam o encontro um dos filhos de Alencar, médicos e o ex-ministro José Graziano.
Segundo o último boletim médico divulgado na manhã desta quinta-feira, Alencar apresentou melhora do quadro de hemorragia com redução importante do sangramento e já respira sem a ajuda de aparelhos. Alencar foi internado em estado grave na quarta-feira, quando foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdômen que não chegou a ser finalizada, devido a gravidade do quadro. Para os médicos, a situação de Alencar é a mais preocupante desde que ele iniciou o tratamento contra o câncer. Durante a cirurgia, que durou cerca de três horas, os médicos constataram que um novo tumor infestou toda a região abdominal. Diante da gravidade, a equipe decidiu interromper a cirurgia, sem que se conseguisse chegar à região da hemorragia. " Eu acho que é o momento mais difícil pelo qual ele está passando "- Eu acho que é o momento mais difícil pelo qual ele está passando. A doença começa a ficar mais agressiva, e as possibilidades de tratamento, mais cerceadas. Embora todos estejam lutando com intensidade, os médicos e os familiares, a gente percebe que a situação não está mais tranquila - disse na quarta-feira o cirurgião de aparelho digestivo Raul Cutait. Diferentemente das últimas vezes em que foi internado, Alencar chegou ao Sírio-Libanês numa maca. Depois da operação, Cutait explicou o estado de saúde de Alencar: - As aderências impediram que a gente conseguisse entrar na cavidade abdominal e chegar ao tumor, que nos parece ser responsável por esse sangramento. A retirada (do tumor) não pôde, então, ser completada, o que era nossa intenção. Alencar recebeu alta na última sexta-feira, depois de 24 dias internado. Nesse período, foi submetido a sessões de hemodiálise. No dia 27 de novembro foi submetido a uma cirurgia para retirar um segmento do intestino obstruído por tumores. Durante a internação, ele também sofreu um infarto, o qual teria sido uma reação da quimioterapia. Ao todo, Alencar foi submetido a 16 cirurgias nos últimos 13 anos.
Fontes Agências

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