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quarta-feira, 25 de março de 2009

Promotor vai pedir anulação de júri


O promotor de Justiça Edson Aparecido Cemensati, de Maringá, confirmou nesta terça-feira (24) que vai recorrer da decisão que condenou, ontem, o pedreiro Leandro José da Silva, 24 anos, a cinco anos e sete meses de prisão em regime aberto. O pedreiro foi submetido a julgamento popular por ter atropelado e matado, em outubro do ano passado, o casal Valdemar Pacífico, 68 anos, e Diva Rosado Pacífico, 67. O acidente aconteceu na Avenida Colombo, esquina com Rua Bolívia, Vila Morangueira. O impacto do Monza dirigido por Silva contra a traseira da bicicleta ocupada pelas vítimas lançou Valdemar a cerca de 15 metros de distância. Após ficar presa entre o capô e o pára-brisa do veículo, Diva foi conduzida cerca de 400 metros e teve seu corpo dispensado na Rua Mendonza. Silva ainda tentou fugir do local do atropelamento, mas colidiu seu carro contra uma árvore alguns metros adiante, onde acabou sendo preso pela Polícia Militar. Levado à delegacia, ele negou ter ingerido bebida alcoólica, mas não quis fornecer sangue para testagem de alcoolemia. Após 12 horas de julgamento, o corpo de jurados decidiu desclassificar a acusação de homicídio por dolo eventual para homicídio culposo, qualificado apenas pela falta de socorro às vítimas. A decisão dos jurados levou o juiz Cláudio Camargo dos Santos, que presidiu a sessão, a estipular a pena de 5,7 anos de prisão em regime aberto ao réu, mais a suspensão do direito de dirigir por um ano . Instantes após a sentença ser proferida, o promotor Edson Aparecido Cemensati, que atuou na acusação, confirmou que recorreria da decisão, pedindo a anulação do júri junto ao Tribunal de Justiça (TJ), em Curitiba. De acordo com o promotor, durante a sessão de julgamento descobriu-se que duas juradas – Paula Fernanda Negrelli e Ana Paula Matias dos Santos – eram alunas do criminalista José Carlos Ragiotto, que atuou na defesa do réu. Paula e Ana cursam Direito na Faculdades Maringá, mesma instituição em que Ragiotto leciona.
Fonte: O Diáreio do Norte do Paraná

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