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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Jovens negociam drogas pela internet


Dados da Polícia Federal apontam que houve aumento na venda de drogas entre jovens nos últimos anos. A apreensão de lança perfume, por exemplo, aumentou quase dez vezes em 2008. A de LSD, que estava fora do país há anos, cresceu 30 vezes em relação a 2007.Uma das maiores apreensões de drogas sintéticas foi feita na semana passada, em nove estados, que resultou na prisão de 51 pessoas. Duas quadrilhas levavam cocaína para a Europa e traziam outras drogas. Foram apreendidos 112 mil comprimidos de ecstasy e 115 mil micropontos de LSD. “O LSD e o ecstasy são drogas que não são usadas no dia-a- dia, são usadas para um fim específico, principalmente para festas ou algo que requeira muita energia”, afirma o Coordenador de Repressão de Entorpecente da PF, Paulo Tarso. “Essas drogas são extremamente perigosas, causam alucinações e podem levar facilmente à morte”. O crime é praticado sem nenhum constrangimento na internet. A oferta de drogas está nas páginas de busca e nas de relacionamento. Nesse período próximo ao carnaval, aparece com destaque a venda de lança-perfume. Um dos traficantes chega a dizer que mostra o produto na câmera do computador. A equipe do JH, sem se identificar, enviou e-mails e obteve respostas que detalham a negociação. Um dos infratores diz que envia a droga pelo Correio e que a entrega pode ser feita no dia seguinte. Outro conta que usa uma transportadora e que o comprador poderá monitorar o transporte. Em vários dos anúncios de lança-perfume são oferecidas também outras drogas como ecstasy e LSD. As drogas vêm de fora: lança perfume, da Argentina; ecstasy e LSD, da Europa. A professora de toxicologia da Universidade de Brasília, Eloísa Caldas, lembra que é muito alto o risco de usar essas drogas, mesmo que uma única vez. “Muitas vezes o indivíduo jovem está experimentando aquela substância pela primeira vez, não conhece o próprio organismo, e pode fazer um uso exacerbado, entrar em coma e vir a óbito. Mesmo usando uma vez só, não resta dúvida de que esse risco é real.”

Fonte: O Estado do Paraná

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