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sábado, 17 de janeiro de 2009

O "bicho pega" na Cadeia de Sarandi; e presos resistem


A superlotação na Cadeia de Sarandi, na Região Metropolitana de Maringá, é sem dúvida um dos mais graves problemas envolvendo o sistema penal do Paraná, na atualidade. Na semana passada, 154 detentos estavam espremidos em celas totalmente insalubres - projetadas para abrigar 45 pessoas - e sem direito, sequer, a banho de sol.Sem espaço suficiente, muitos dormiam no chão ou sentados no banheiro, ao lado dos esgotos fétidos tomados por baratas, fezes, urina e restos de alimentos. Nas celas mais lotadas, onde não existe nem lugar no chão, os menos “afortunados” passam dias e noites pendurados em redes ou cobertores amarrados às grades das celas.CódigoAbandonados à própria sorte, os presos de Sarandi se viram obrigados a criar regras e um sistema judiciário paralelo para tentar sobreviver no que eles denominam de inferno.Entre as regras, elaboradas por uma comissão de detentos, consta que o preso que não receber visita ou não tiver dinheiro para comprar mantimentos deve, obrigatoriamente, trabalhar como faxineiro dentro do presídio. “É uma forma dele retribuir a comida e tudo o que recebe dos colegas”, explica um dos detentos, ressaltando que “o bicho pega” se alguém tentar descumprir as regras.

Fontes: Agências

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