tonydsilva@ibest.com.br / decioantoniosilva@bol.com.br

.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Rapaz denuncia venda da própria filha


Seis meses após perder contato com a namorada grávida, o jovem Carlos Rodrigo dos Santos de Souza, 19 anos, descobriu que a filha, nascida no início de setembro, em Curitiba, teria sido vendida para um casal no norte do Paraná. O preço da menina teria sido uma cesta básica e parcelas de R$ 50 mensais.A mãe da criança, Fernanda Guadalupe de Morais, 23, contou ao namorado que foi forçada a entregar a criança. O casal começou a se relacionar no fim do ano passado e o relacionamento não era aceito pelo pai de Fernanda. Dois meses depois, ela engravidou.A confusão começou no sexto mês de gestação, quando Fernanda, sem dar notícias, deixou a casa onde morava com uma amiga, no Cajuru, e desapareceu. "Procurei por ela em diversas vilas", disse Carlos, que mora em Pinhais.NascimentoEnquanto o namorado buscava notícias da mulher grávida, a criança nasceu, em 9 de setembro. Carlos sequer ficou sabendo do parto e a recém-nascida, Nicole Fernanda de Morais, foi registrada apenas com o nome da mãe. Dias depois, a criança foi batizada e entregue para um casal, que a levou para o norte do Paraná.Carlos só foi reencontrar Fernanda no último domingo, quando soube que ela havia voltado a morar com a amiga. Ficou sabendo que a filha, agora com três meses de idade, havia sido vendida.
"Ela explicou que, quando recebeu alta do hospital, foi para a casa do pai e um casal os aguardava para levar o bebê", declarou Carlos. A negociação teria sido feita entre o avô e dois intermediários, conhecidos do casal que ficou com Nicole. "Compraram minha filha por uma cesta básica e prometeram pagar R$ 50 por mês", indignou-se o pai.RevoltaCarlos descobriu onde moravam os intermediários e foi tirar satisfação. "Eles disseram que era para eu procurar uma advogada e fazer teste de DNA. Chegaram até a mostrar um DVD com imagens do batizado da minha filha", lembrou. Os intermediários se negaram a dizer em que cidade está Nicole. Ainda de acordo com Carlos, nenhum documento foi assinado, autorizando a adoção da criança.O boletim de ocorrência foi registrado no 6.º Distrito Policial (Cajuru), onde Carlos foi ouvido. O caso foi encaminhado para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria).
Fonte: O Estado do Paraná

Nenhum comentário: