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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ilhado em SC, paranaense trabalha como voluntário


O tamanho da solidariedade



Um paranaense que ficou "ilhado" durante as enchentes em Santa Catarina trabalha e dorme há uma semana na central de donativos de Santa Catarina, localizada na cidade de Itajaí. Edilson Aparecido Muniz, 31 anos, morador de Coronel Procópio (PR), chegou à cidade no sábado, dia 22, para aguardar uma audiência na Justiça do Trabalho.
O jovem viu a chuva tomar a cidade catarinense e teve a audiência cancelada. Sem ônibus para retornar para casa e sem dinheiro suficiente para permanecer em um hotel, ele se apresentou como voluntário num abrigo. "Eu não tinha como ir embora e me apresentei como voluntário", diz. "Comecei a ajudar e não parei mais."
O trabalho na central de donativos de Itajaí é dividido com centenas de outros voluntários. A rotina consiste em descarregar os caminhões com doações que chegam a todo instante, montar kits com alimentos básicos e carregar novamente os veículos.
Cada vez que um caminhão é completamente carregado com os kits, os voluntários gritam e aplaudem. "É contagiante. Um incentiva o outro a continuar e a gente vence o cansaço", conta Edilson, que trabalha cerca de 15 horas ao dia. "Meus braços e pernas doem muito, mas eu tiro forças para continuar ajudando."
Para descansar, os voluntários chegam a deitar por instantes em colchões na parte superior do galpão onde funciona a central de donativos. "Eu durmo um pouco ali, depois volto. Nem sei mais se é dia ou noite", afirma. "Avisei minha família que iria ficar um pouco aqui para ajudar. Só devo retornar ao Paraná na próxima sexta-feira."
A partir desta segunda-feira, a prefeitura de Itajaí começou a distribuir os alimentos e materiais de higiene de porta em porta nos bairros mais afetados. As primeiras famílias atendidas foram as do bairro Promorar, um dos mais afetados pelas enchente.
Fontes: Agências

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