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terça-feira, 18 de novembro de 2008

SP: Polícia faz amanhã reconstituição da morte de Eloá

A jovem Nayara Rodrigues, 15, participará da reconstituição do assassinato de Eloá Cristina Pimentel, 15, marcado para às 10h da quarta-feira (19), em Santo André (Grande SP). Eloá foi morta após ficar cerca de cem horas em cárcere privado e ser atingida por um tiro disparado pelo ex-namorado Lindemberg Alves, 22. A presença de Nayara não é obrigatória, entretanto o advogado que a representa garantiu que ela voltará ao apartamento em Santo André onde ficou em cárcere privado com Eloá. "Fizemos um acordo com o delegado [Sérgio Luditza] e exigimos a presença dos advogados da família, da psicóloga que a acompanha e do Conselho Tutelar. Queremos colaborar com o Estado", relatou Marcelo Augusto de Oliveira, um dos advogados contratados pela família da Nayara. Já a advogada Ana Lúcia Assad, que defende Lindemberg, disse que o seu cliente não vai participar da reconstituição. "Pela legislação penal ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. A Justiça foi informada e a decisão foi aceita na semana passada", afirmou.
Caso:
Inconformado com o fim do namoro de mais de dois anos, Lindemberg Fernandes Alves decidiu render a ex-namorada no dia 13 de outubro. Na ocasião, ela estava em companhia de três amigos dois garotos liberados no mesmo dia e de Nayara que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento no dia 16 de outubro.
A Polícia Militar afirmou que invadiu o apartamento na sexta-feira (17/10) após ouvir um tiro e porque o comportamento de Alves, durante tarde, era muito agressivo. Alves está preso no presídio 2 de Tremembé (a 147 km de São Paulo).
Acusações:
Lindemberg foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), em relação à Eloá, uma tentativa de homicídio duplamente qualificado, por ter atirado contra a amiga da ex-namorada, Nayara Rodrigues, 15, e uma tentativa de homicídio qualificado por ter feito disparos contra o sargento da Polícia Militar. Ele permanece preso em Tremembé (147 km de São Paulo).
A denúncia contra Lindemberg inclui ainda cinco acusações por cárcere privado qualificado, por ter mantido como reféns Eloá, Nayara por duas vezes, e outros dois colegas das adolescentes que estavam no apartamento quando a residência foi invadida por ele. O réu também foi denunciado quatro vezes por disparo de arma de fogo.
Vítimas:
Eloá foi baleada na cabeça e teve morte cerebral no dia seguinte. O enterro reuniu cerca de dez mil pessoas. A família da jovem doou os seus órgãos.
Nayara teve ferimentos no rosto e na mão. Antes de receber alta, a menina Nayara passou por um novo procedimento ortodôntico. Ela colocou um aparelho para dar sustentabilidade aos dentes.
Fontes: Agências

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