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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sarandi Pr, tem focos de dengue em todos os bairros da cidade.


Com um agente ambiental para cada 3.383 habitantes, presença do Aedes aegypti em praticamente todos os bairros da cidade, 24% de casos confirmados entre os notificados e muito lixo em terrenos baldios, Sarandi pode se revelar uma desagradável - e infectada - surpresa no próximo verão.
"Eu precisaria de, pelo menos, 60 agentes. Tenho 27. Está muito difícil contratar", reconhece Joeval Ferreira Machado, coordenador da Central de Combate à Dengue.
A Prefeitura remunera, mensalmente, cada agente com um salário mínimo e 20% de insalubridade, e complementa com uma cesta básica. A dificuldade de contratação fez Machado recorrer até a 15ª Regional de Saúde, que pouco pode fazer.
"Apoiamos os municípios com o fumacê e o veneno costal, mas não temos agentes de endemias ou comunitários para fornecer", diz o diretor da 15ª, Antônio Carlos Pupulin.
Para ele, a situação está sob controle - este ano foram 263 notificações da doença em Sarandi, com 64 confirmações.
"Seria preocupante se fossem 64 suspeitas e 64 confirmações. Os números estão baixos, no ano passado quase chegou a mil", avalia.
De acordo com Pupulin, o número de notificações é resultado do bom preparo das equipes de Saúde, que estão atentas a qualquer sinal da doença. Mesmo despreocupado, o diretor da regional faz o alerta.
"A dengue é uma doença de verão. Precisamos manter os índices de infestação em níveis baixos."
Sem revelar o resultado do levantamento rápido de índice de infestação (Lira) de Sarandi, o coordenador da Central de Combate à Dengue afirma que foram encontrados criadouros em todos os bairros, e que em algumas regiões o índice de 1%, preconizado pela Organização Mundial de Saúde como o máximo para evitar riscos de epidemia foi ultrapassado com larga margem.
Pratinhos de água sob vasos de plantas e pneus que se acumulam em terrenos baldios ou no pátios públicos enquanto aguardam destinação correta são os maiores aliados do mosquito na guerra pela provável batalha contra a Saúde Pública.
Do outro lado, as armas da Prefeitura têm sido palestras educativas em escolas municipais e estaduais, distribuição de material informativo em mercados por causa da grande circulação de pessoas e mutirões para a retirada de lixo.
O do dia 21 será realizado nos jardins Verão, Paulista, Novo Paulista, das Flores e Primaverão.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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