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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Promotora defende castração química para os pedófilos


Castração química para os pedófilos. É o que defende a promotora da Vara da Infância e Juventude de Londrina, Édina de Paula, para diminuir os crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
A polêmica proposta - que já é objeto de um projeto de lei de autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES) em trâmite no Senado Federal - seria, para ela, a “solução mais rápida” para o problema e evitaria a reincidência, comum nesse tipo de crime. A promotora afirma ainda que as mães que encobrem o crime na família também deveriam ser punidas.“Se o abusador parasse de abusar depois que cumprisse sua pena, tudo bem. Mas quando ele sai (da prisão), vai abusar de novo”, alega, defendendo que a proposta tem que fazer parte de uma política pública na área de saúde, que envolveria acompanhamento psiquiátrico do pedófilo, entre outras medidas. “Está na hora de começar a haver uma efetiva punição a esses crimes. A certeza de punição faz com que o criminoso restrinja seus instintos”, afirma. Para a promotora, a atitude não seria cruel e também não pode ser vista como uma vingança da sociedade: “É uma administração de hormônios feita todo mês. Se ele parar de tomar, volta (a ter apetite sexual e fertilidade)”, explica, citando alguns países em que a prática é adotada, como a Alemanha, Inglaterra e seis estados norte-americanos. “Há estudos que mostram que os índices de reincidência na Inglaterra caíram de 75% para 2%”, aponta. Entre outros países que adotam a medida, estão também a Dinamarca, a Suíça e a Suécia. Todos, porém, de forma voluntária. Na Polônia, o assunto foi bastante discutido em setembro, depois de um crime que chocou o país.De acordo com Édina, as conseqüências do abuso sexual de crianças e adolescentes se agravam quando o crime acontece no ambiente familiar, e as mães ajudam a encobri-lo, fechando os olhos para a situação.
“Muitas mães não acreditam nas histórias que as crianças contam. Algumas até jogam a responsabilidade da “sedução” para as filhas”, diz. “Deveria haver pena até para essas mães, que desconsideram as denúncias dos filhos”, completa.O Ministério Público do Paraná não comentou as declarações da promotora. Mas avisou que a opinião dela não é a posição oficial do órgão. Consultada, a seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) também preferiu não declarar nada sobre o assunto.
Mas informou que a Comissão de Direitos Humanos do órgão já programou uma discussão sobre o tema e deve emitir em breve um posicionamento em relação ao projeto de lei do Senado.

Fontes: Agências

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