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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

PR: passeata homenageia menina encontrada morta



Cerca de mil pessoas participaram na manhã desta sexta-feira de uma passeata contra a violência em homenagem à menina de nove anos que foi assassinada e teve o corpo depositado dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba. Participaram do ato alunos, pais e professores do Instituto de Educação, além de parentes e amigos de Rachel Genofre.
Rachel, que estudava na quarta série do ensino fundamental do Instituto de Educação desapareceu na tarde de segunda-feira, após deixar a escola. Seu corpo só foi encontrado dois dias depois.
Os participantes da passeata fizeram uma oração e meia hora de silêncio no trajeto da escola à Praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense.
Crianças com faixas pretas nos braços e cartazes com homenagens a Rachel e protestos contra a falta de segurança e a impunidade comandavam a manifestação.
"Foi uma idéia que partiu deles (alunos) para alertar a população que é preciso fazer algo pela segurança. É um protesto contra a violência e a impunidade e em solidariedade à família da Rachel e de outras tantas famílias vítimas da insegurança", afirmou José Frederico de Mello, diretor do instituto.
Mello lembrou que sua escola está em pleno centro de Curitiba e que recebe alunos de todos os bairros. "A preocupação com segurança é constante aqui, já tivemos alunos assaltados, que tiveram o tênis roubado, mas nunca uma barbárie dessas", comentou. "O clima, agora é de desconforto. Temos que tentar aceitar o que aconteceu e, aos poucos, retomar a rotina da escola", disse.
O pai da menina, Michael Genofre, garante que está acompanhando de perto toda a investigação e acredita que o assassino será localizado. Ele não quis comentar nenhum detalhe que possa interferir no trabalho da polícia.
"O importante agora é achar quem fez isso com minha filha. A polícia está me informando de tudo, mas o caso é sigiloso e esse sigilo é fundamental", disse.
Para Michael, que apesar de separado da mãe de Rachel convivia semanalmente com a menina, não há outros culpados pela morte de Rachel a não ser o assassino.
"Vivemos numa metrópole, os perigos existem, mas milhares de crianças vão e voltam da escola sozinhas, não há outra opção. Não temos que achar um culpado por isso. O único culpado é quem matou minha filha. Tivemos sorte em encontrar o corpo de Rachel 48 horas depois do desaparecimento. Há famílias que vivem essa angústia há anos", afirmou o pai de Rachel.
Fontes: Agências

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