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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Polícia procura pistas no Orkut


A Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba está analisando as imagens de uma das câmeras de segurança do circuito externo da Rodoferroviária na tentativa de buscar pistas do assassino de Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, encontrada morta dentro de uma mala abandonada numa das áreas do terminal rodoviário de Curitiba. De acordo com a investigação, o computador instalado na casa da menina vai ser apreendido e periciado por uma equipe que vai apurar informações que levem ao paradeiro do criminoso. Uma pedra no sapato da investigação do caso está sendo a falta de câmeras de segurança na parte interna da Rodoferroviária. Como última opção, a polícia requisitou as imagens de uma camêra instalada na parte externa do local. De acordo com o delegado-chefe da DH, Jaime da Luz, as imagens do circuito externo estão sendo analisadas passo-a-passo pela equipe de investigação. “São muitas horas de fita a serem verificadas. Todos os detalhes são importantes”, afirmou Jaime da Luz.De acordo com um investigador do caso, as principais pistas podem estar no conteúdo do computador pessoal usado por Rachel. “A partir dessas informações podemos tentar encontrar alguém ou algo que nos permita ter maior conhecimento de como a menina acabou raptada e morta”, explicou o investigador que pediu para não ser identificado.Perguntado sobre a forma inusitada de o criminoso tentar se desfazer do corpo da menina, o delegado respondeu que tudo depende do comportamento do assassino. “Depende do tipo de pessoa que estamos lidando, do perfil. Não sabemos o que se passa na cabeça de uma pessoa dessas”, disse. Crime - O corpo de Rachael foi encontrado dentro de uma mala abandonada na Rodoferroviária de Curitiba por volta das 2h30 da madrugada desta quarta-feira (5). Ela estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, no Centro, onde estudava.De acordo com a polícia, a menina era filha de uma professora e ia e voltava todos os dias sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus. O caso estava sendo investigado desde a segunda-feira pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), que contatou a mãe ainda durante a madrugada. A MALASegundo a polícia, a mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. Como estava atrapalhando o local onde dormiriam, os indígenas - que vieram de Ortigueira, no Centro-Oeste, para vender artesanato em Curitiba -, tentaram arrastar a bagagem. O grupo estranhou o peso e chamou um fiscal da Urbanização de Curitiba (Urbs), que resolveu abrir a mala. Imediatamente o funcionário acionou a Polícia Militar (PM), que chamou o Instituto Médico Legal (IML).O corpo estava inteiro, ainda trajava o uniforme do Instituto de Educação, e apresentava sinais de estrangulamento e indícios de violência sexual. A família de indígenas disse, à polícia, estar com medo e ter a intenção de retornar a Ortigueira.Rachel cursava a 4ª série no Instituto de Educação. Filha de pais separados, a menina morava com a mãe e os avós maternos na Vila Guaíra. Em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso. As aulas foram suspensas nesta quarta-feira no Instituto de Educação.

Fonte: O Estado do Paraná

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