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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Mulher padece há 13 dias no HU à espera de cirurgia na perna esquerda


Há 13 dias, a zeladora Helena de Cássia do Nascimento, trinta anos, convive com três desconhecidos em um quarto no pronto-socorro do Hospital Universitário (HU) de Maringá.
A via-crúcis de Helena, que trabalha há três meses no Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), em Maringá, começou no dia cinco de novembro.
Ela precisa de uma cirurgia ortopédica, em decorrência do acidente de moto, que teve quando voltava para a casa, no Parque Residencial Tuiuti, após mais um dia de trabalho.
Depois de passar por uma radiografia e uma tomografia - que confirmou a fratura do platô da tíbia esquerda - Helena aguarda uma vaga na Santa Casa de Misericórdia, pelo SUS, para se submeter à operação.
A zeladora foi ao pronto-socorro do HU por causa das fortes dores que sentia no joelho esquerdo. Duas horas de espera depois, ela conseguiu fazer uma radiografia. O exame, segundo o chefe do pronto-socorro do HU, Dorvalino Gusmão Aguiar, não foi esclarecedor.
Em seguida, foi solicitada uma tomografia. O exame, segundo Helena, foi feito uma semana depois.
"Foi aí que o médico disse que eu tinha fraturado um osso da perna", relata.
Durante o período que ficou à espera da tomografia, Helena permaneceu no Hospital. Nesse intervalo de tempo ela afirma que não soube o nome do médico que a atendeu.
"Ninguém me dá satisfação de nada."
Casada e mãe de dois filhos - o mais velho tem dez anos e o caçula quatro - Helena conta com a ajuda de uma amiga e da sogra para cuidar das crianças.
Diariamente, a enfermeira entra no quarto e vai até o leito 5B - onde está Helena - e aplica doses de medicamentos para a circulação e para amenizar as dores na perna.
"Estou sem esperança, é um descaso e uma falta de respeito com a gente", desabafa a paciente.
"Se eu quiser falar com o médico eu tenho que ir até ele, de cadeira de rodas, já que ele não vai no quarto."
O chefe do pronto-socorro do HU afirma não ter previsão da data da cirurgia.
"A vaga foi solicitada", conta.
"Só nesta segunda-feira, estávamos com 17 pacientes para serem transferidos para outros hospitais para fazer cirurgia ortopédica; a Helena era um deles."
Segundo Lucymara Jorge, coordenadora da Central de Leitos, da 15ª Regional de Saúde, o pesadelo de Helena está prestes a acabar. A cirurgia deve ser realizada ainda nesta semana.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná


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