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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Moradores de Paiçandu querem passarelas para evitar mais mortes na PR-323


O fechamento da PR-323 em Paiçandu durante duas horas no sábado, quando cerca de 200 pessoas protestaram contra o atropelamento e morte de uma senhora de 78 anos, Irma Vermelho, pode ser apenas o início de uma movimentação para pressionar o Governo do Estado a construir passarelas sobre a rodovia.
Na próxima sexta-feira, uma comissão volta a se reunir para decidir novo bloqueio. Segundo os moradores, a rodovia ficou mais perigosa para pedestres e ciclistas desde que foi feita a duplicação dos quatro quilômetros que cortam a área urbana, há um ano.
Na manhã desta segunda-feira, uma comissão formada por dez representantes de bairros dos dois lados da rodovia se reuniu com o prefeito Nélson Teodoro (PTB) para reivindicar junto ao governo estadual a construção de passarelas sobre a rodovia.
Centenas de pessoas cruzam a rodovia diariamente, inclusive crianças, idosos e deficientes físicos, todas se expondo ao risco de serem atropeladas, pois não há ponto seguro para a passagem.
O prefeito disse que a construção de passarelas foi a primeira reivindicação que fez ao assumir a Prefeitura, em março. Na ocasião, ele esteve no Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e na Secretaria dos Transportes para alertar que o risco de atropelamentos aumentou com a duplicação, que permite que os veículos trafeguem em alta velocidade.
O DER, segundo Teodoro, garantiu que seriam construídas pelo menos duas passarelas.
"Mais de 15 mil veículos transitam diariamente por essa estrada, sempre em alta velocidade", contabilizou o trabalhador autônomo Clóvis Pinto Braz, morador no Jardim Santa Luzia, região sul da cidade.
Ele citou que antes da duplicação o trecho tinha vários quebra-molas e por isso carros, caminhões e ônibus passavam devagar. Outro fato que, para os moradores, piorou a segurança dos pedestres é a falta de iluminação à noite.
"Antes da duplicação havia os quebra-molas e a pista era iluminada", disse o comerciante Carlos Silva.
"Agora, no período noturno, os motoristas só percebem que alguém atravessa quando está em cima e, como estão em alta velocidade, dificilmente podem evitar o acidente".
Estudantes
A presidente da Associação de Moradores do Jardim Bela Vista II, Hilda Huttl, lembrou que muitas crianças cruzam a rodovia diariamente para estudar em escolas do outro lado da cidade.
Os alunos das escolas Neide Bertasso Beraldo e Pedro Françoso precisam ir ao outro lado para freqüentar a biblioteca.
"Fica difícil para um idoso ou para uma criança ir até um dos viadutos, geralmente muito distantes, para cruzar a rodovia com maior segurança", observou.
Três pessoas morreram e várias ficaram feridas ao serem atropeladas ao tentar cruzar a PR-323 este ano.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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