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domingo, 2 de novembro de 2008

Em protesto, policiais civis pedem melhores condições de trabalho


Policiais civis de Maringá protestaram durante uma hora, no sábado (1º), em frente à 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá. A manifestação foi pacífica e aconteceu entre as 10 e 11 horas. Nessa uma hora, os trabalhos de escrivães e investigadores deram vez a um manifesto em prol de melhores salários e condições de trabalho. Protesto semelhante foi realizado em Londrina, Cascavel e Toledo.
A manifestação começou em frente ao prédio da 9ª SDP, na Avenida Mandacaru, com cerca de 30 pessoas, entre policiais e familiares. Apitos de plástico foram utilizados pela maioria para atrair a atenção de quem passava pelo local. Na segunda meia hora do protesto, com a mobilização ampliada para cerca de 60 pessoas, quase todos trajando camisetas pretas com o símbolo da corporação, caminharam pela ciclovia até a Avenida Mandacaru.
Os policiais carregavam faixas alusivas às promessas que, segundo eles, ainda não foram cumpridas pelo governador Roberto Requião (PMDB). "Queremos igual direito à aposentadoria concedida aos policiais militares e professores", eram os dizeres de uma das faixas. Nenhum dos oito delegados lotados na 9ª SDP participou da manifestação.
Reivindicação
Além de uma lei que regulamente a aposentadoria, os policiais exigem a aprovação do plano de cargos e salários e o aumento efetivo do quadro de servidores. Atualmente são 3.500 policiais em todo o Estado. Segundo o sindicato da categoria, o número deveria ser três vezes maior.
Perdas salariais nos últimos anos são o principal motivo do descontentamento. "Desde 2005, o governador (Roberto Requião) promete um plano de cargos e salários. Um investigador ganha pouco mais de R$ 1.800, menos de 20% do salário de um delegado de primeira classe", reclamou o escrivão Luiz Carlos Escarante, que está na Polícia Civil há cinco anos. "Há cerca de 15 anos os policiais ganhavam quase 60% do salário de um delegado", afirmou.
Segundo o investigador Nilson Américo, na corporação há oito ano, há outras reivindicação importantes em pauta, além do aumento salarial. "Lidamos com doentes e muitas vezes mexemos com sangue, mas não temos um adicional de insalubridade. Nossa profissão inclui risco de morte. Mesmo assim, não temos um adicional de periculosidade", justificou.
De acordo com lideranças do manifesto, o projeto de reestruturação da Polícia Civil, que contempla o plano de cargos e salários e a aposentadoria dos policiais, está parado na Casa Civil do Estado. Os manifestos, em Maringá e em Londrina, foram coordenados pelo Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), que está preparando um protesto estadual, para o dia 18, em frente ao Palácio do Iguaçu, em Curitiba.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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