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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Defesa civil interdita as outras 15 sacadas


Quinze sacadas do Edifício Dom Gerônimo, em Maringá, no Noroeste do Paraná, foram interditadas nesta terça-feira (28) pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros por risco de novos desabamentos. A marquise do 15º andar do bloco 1 do prédio recebeu uma estrutura de madeira para escorar o concreto e suportar o peso de cerca de 300 quilos. Na madrugada de domingo, a marquise de cobertura do bloco 2 desabou e em efeito dominó derrubou 15 sacadas. O prédio foi desocupado e, depois de três horas, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil liberaram o acesso aos moradores.
“A marquise está comprometida e terá de ser removida. Ela apresenta sinais de fadiga, com trincas, e por isso recebeu o escoramento. Ela corre o risco de desabar”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros e Coordenador Regional da Defesa Civil, Jurandir Andre.
Nesta terça, funcionários do prédio e homens da Defesa Civil retiraram uma parte do concreto das sacadas que desabou para estudar as causas do acidente. Conforme Andre, caso a análise comprove que o material usado na construção das sacadas é idêntico ao projeto original, as sacadas serão liberadas. “Acreditamos que os relatórios estarão prontos até o fim de semana.”
Moradores ainda assustados assistiam ao trabalho da Defesa Civil e de funcionários de uma empresa contratada para retirar o entulho depositado no acesso à portaria do prédio. Os condôminos estão usando o estacionamento do edifício para entrar e sair. “Não tenho com o que me preocupar, foi apenas a sacada que caiu. No prédio não há rachaduras e outros problemas para justificar a saída”, comentou o morador do 10º andar, Antônio Antunes Gaspar, de 78 anos. De acordo com a síndica, Olga Inês da Silva, após a conclusão dos trabalhos de perícia, toda a parte danificada pelo acidente deverá passar por reformas. “Não queremos mais isso (as sacadas) no prédio.” Por causa de acidentes envolvendo marquises em Maringá, a prefeitura deve realizar fiscalizações em edificações da cidade. “O Crea fez um amplo levantamento das marquises e esse estudo será usado nas fiscalizações”, disse o secretário municipal de Serviços Públicos, Vagner Mussio.
Em janeiro de 2007, parte do prédio da antiga rodoviária desabou. Por decisão judicial, o prédio está interditado. Em maio do mesmo ano a marquise de um prédio comercial no centro de Maringá também foi abaixo. O proprietário foi orientado a reformá-la.

Fontes: Agências

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