tonydsilva@ibest.com.br / decioantoniosilva@bol.com.br

.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Benito di Paula tem o filho no palco e conquista novas gerações


Com seu carrinho estacionado em frente à Lona Cultural Jacob do Bandolim, em Jacarepaguá, a pipoqueira Valéria Pereira, de 52 anos, esbanjava felicidade na última quinta-feira à noite.
— Show de Benito di Paula sempre garante as vendas. É maravilhoso — elogiava a fã, que largou a carrocinha na rua e correu para aplaudir o cantor.
Valéria não estava errada. A lona lotou para assistir à apresentação do cantor, fenômeno nos anos 70, que tem feito um show atrás do outro no Rio. Hoje, o autor de "Mulher brasileira" preserva a paixão de seus antigos fãs e ganha prestígio entre as novas gerações. Artistas como Zeca Baleiro, que interpretou "Retalhos de cetim", e o Grupo Revelação, sucesso com "Do jeito que a vida quer", recolocaram suas canções sob os holofotes.
— Os jovens desconhecem o rótulo de brega que puseram de forma ignorante sobre meu pai e estão cada vez mais curtindo a música — defende o filho Rodrigo Veloso, de 26 anos, que canta com o pai desde os 4 e interpreta quatro canções no show. As moças suspiram.
Independente
Mas quem arranca gritos apaixonados da platéia é o veterano Benito. Com 37 anos de carreira, o artista detesta os rótulos dados a sua música, como samba-jóia.
— Jóia é para usar no dedo. Não sou sambista, eu sou sambeiro. Minha música é um ritmo latino-americano — resume ele, que justifica sua origem cigana no gosto pela estrada e nos muitos acessórios.
Mesmo afastado da mídia, seus CDs vendem e a agenda de shows é lotada.
— Graças a Deus faliram todas as gravadoras. Já vendi 30 milhões de discos. Até hoje lançam CDs na praça sem que eu esteja na TV. Estou no palco, onde sempre estive. O pessoal compra CD repetido. Só vi isso com Elvis Presley — conta, orgulhoso.

Fontes: Agências

Nenhum comentário: