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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Traficante mata usuário na frente de crianças


Por não dar importância às ameaças de morte de um traficante, Murilo Pereira das Neves, 22 anos, foi executado às 17h de ontem, quando assistia a um jogo de futebol na cancha da Vila Augusta, no Campo Comprido. Ele ainda tentou escapar e correu em direção à Rua Cidade de Rodeio, mas foi perseguido e morto. O autor, segundo testemunhas, é um traficante conhecido como “Fagner”, que estaria envolvido em outras mortes. “Ele foi avisado pelos amigos que não era para ir na cancha, pois estava jurado de morte, mas não escutou”, contou o pai de Murilo, Alaor França Neves, que é pastor evangélico e ironicamente, durante anos, cuidou da recuperação de viciados. Testemunhas revelaram que Murilo estava vendo o jogo quando “Fagner” chegou pilotando uma motoneta Bizz. O criminoso não se importou com crianças e mulheres que estavam no local. Sacou a arma e atirou. Ao vê-lo, Murilo correu, mas foi atingido no peito e caiu. O homicida ainda se aproximou da vítima e disparou mais dois tiros - um no peito e outro na boca do rapaz - para ter certeza de sua morte. Em seguida, como se nada tivesse acontecido, subiu na moto e foi embora. “Tinha muita criança na cancha. Felizmente ele não acertou nenhuma”, disse um morador, apavorado com o que tinha presenciado. Os soldados Pereira e Costa, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, apuraram que “Fagner” seria traficante e autor de um outro homicídio, acontecido há dois anos, no mesmo local. “Vamos repassar as informações para os policiais da Delegacia de Homicídios”, disse Pereira. VícioAlaor, pai do rapaz morto, contou que é pastor evangélico e morava no Rio Grande do Sul, onde cuidava de uma chácara para recuperação de viciados em drogas. “Fiquei longe dos meus filhos por nove anos. Só falava com eles pela Internet. Agora resolvi ficar mais perto e só então descobri que meu filho também era usuário de drogas”, comentou. “Eu quis ganhar o mundo e não ganhei meu filho”, lamentou. Apesar do sofrimento, ele afirmou que não vai desistir do trabalho. “Fui um dependente do álcool. Sei como é difícil parar”, comentou Alaor.

Fontes: C 13 e Agências

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