O piloto de helicóptero Cláudio Dietter, que tem oito anos de experiência, afirmou que aconselhou o padre Adelir Antônio de Carli, 41 anos, a não levantar vôo com balões cheios de gás hélio, no último domingo. "Como o tempo estava muito fechado, eu falei: 'Padre, vamos esperar para ver se o tempo melhora. Eu acho que não vai melhorar'. Aconselhei ele a mudar o dia, ele achou que não", disse. As informações são do Fantástico. Adelir tinha o objetivo de permanecer voando por cerca de 20 horas. Seu último contato foi durante a noite de domingo, quando estava a cerca de 30 km de uma ilha localizada na cidade de Balneário Barra do Sul. A Marinha e a Aeronática encerraram nesta semana as buscas. Bombeiros voluntários ainda procuram encontrá-lo. O padre não tinha habilitação para voar. Adelir fez um curso de pára-pente, mas o instrutor de vôo Márcio André Lichtnow o orientou para que se desligasse. "Ele teve uma freqüência muito baixa no curso, e com essa freqüência as coisas começam a se tornar um pouco complicadas, as coisas começam a se tornar um pouco perigosas", afirmou. No sábado, bombeiros e montanhistas que percorrem trilhas encontraram mais um balão utilizado pelo padre, em uma mata localizada no litoral norte de Santa Catarina. Segundo as informações do comandante do Corpo de Bombeiros local, Johnny Coelho, o material foi encontrado na mata fechada localizada na Praia Vermelha, em Penha. Ele destacou que o balão estava a menos de 500 m do mar, o que pode trazer novas esperanças para os familiares do religioso. "O local é muito próximo de onde foram achados os 210 balões ainda na madrugada de segunda, poucas horas depois de ele desaparecer", disse. "É um local com acesso bastante complicado".
Fonte: C 13
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