O motorista de ônibus José Valdecir Adelino dos Reis, 32 anos, foi atingido com um tiro à queima-roupa na cabeça, disparado por um desconhecido. O crime ocorreu por volta das 10h30 de ontem (18), quando a vítima dirigia o coletivo da Viação Urbana, de placas HXJ 8269-CE, linha Siqueira-Papicu via Aeroporto, em Fortaleza.
A vítima foi levada para o Instituto Doutor José Frota (IJF). O estado de saúde é considerado grave, embora estabilizado, persistindo o risco de morte. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a bala foi retirada do paciente, que permanecerá em observação por 48 horas para uma avaliação da evolução do seu quadro clínico e da possibilidade da realização de cirurgia.
No momento do crime, o ônibus trafegava pela Avenida Alberto Craveiro, no bairro Dias Macedo. Depois de pedir o celular do motorista, o atirador mandou que ele parasse o coletivo nas proximidades do supermercado Makro e abrisse a porta dianteira.
Valdecir obedeceu, mas antes de descer, o desconhecido voltou-se para o motorista e efetuou o disparo. Em seguida, saiu andando normalmente, desaparecendo por ruelas daquela área da Capital. Cerca de 25 passageiros estavam no interior do ônibus quando o tiro foi disparado. Houve pânico e muita gritaria.
Atingido na altura da face direita, o motorista foi socorrido por populares e levado num carro particular para o IJF-Centro. O caso deverá ser investigado pelo 16º Distrito Policial (DP), no Dias Macedo. Numa primeira avaliação da ocorrência, a Polícia levanta as hipótese de latrocínio ou vingança.
O cobrador do coletivo, André Nobre, lembra claramente de toda a cena. Segundo ele, o atirador, descrito como um homem moreno, baixo e usando um uniforme de mecânico, apanhou o ônibus na Avenida Senador Carlos Jereissati, próximo ao Aeroporto Internacional Pinto Martins. Ele pagou a passagem normalmente e foi logo em direção ao motorista.
´Os dois trocaram poucas palavras. Vi quando o motorista deu o telefone celular para ele. O motorista parou o ônibus perto do Makro e abriu a porta dianteira. O homem voltou-se para ele e deu o tiro´, contou o trocador, ainda muito nervoso diante do ocorrido. ( Fonte: C 13 )
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